Desceu a noite; a estrada ficou escura; os filhos, tremendo de frio e de medo. E a mãe, aconchegou-os a si, com o seu manto; e as crianças, murmuraram: “Ó mamãe, nada mais temeremos, pois está conosco!” E a mãe exclamou: “Isto é mais valioso que o esplendor do dia, pois ensinei meus filhos a serem corajosos.”
Na manhã seguinte, uma montanha à frente. Ao subir, os filhos sentiam-se cansados; a mãe também, mas os animava dizendo: “Um pouco de paciência e chegaremos ao alto.” Assim, ao chegarem ao topo disseram: “Não poderíamos subir sem o teu auxílio, mamãe.” E a mãe, ao deitar-se aquela noite, exclamou: “O dia de hoje foi melhor do que ontem. Ontem, dei-lhes coragem; hoje, dei-lhes vigor.”
E o dia seguinte raiou com nuvens que escureciam a Terra – nuvens de guerra, ódio e pecado. Os filhos tropeçavam, e a mãe os animava: “Olhem para cima; levantem o olhar para a luz.” E eles, erguendo os olhos, divisaram além das nuvens, uma Glória Eterna que os guiou na jornada através da escuridão. E, no fim dia, exclamou a mãe: “Este foi o melhor dia porque hoje revelei Deus aos meus filhos.”
Passaram-se os anos… E aquela mãe chegou à velhice. Mas os filhos estavam crescidos, fortes, cheios de coragem. Depois de algum tempo, avistaram largos portões dourados. E a mãe exclamou: “Cheguei ao fim da jornada. Agora sei que o final é melhor do que o princípio, pois meus filhos podem andar sozinhos”. E os filhos lhe disseram: “Tu andarás sempre conosco, mamãe, mesmo depois de haveres atravessado os portões.” E eles a viram seguir sozinha, até que os portões se fecharam sobre ela. Então, exclamaram: “Sentimos que ela ainda está conosco. O exemplo de nossa mãe é uma memória viva.”
Pastor Amilton Menezes (novotempo.com/amiltonmenezes)
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